sexta-feira, 13 de abril de 2012

Armadilha do "clube diferente"?


Vice-presidente do Sporting e um funcionário da sua empresa constituídos arguidos no caso do árbitro do Porto [edit: árbitro auxiliar José Cardinal].

A Polícia Judiciária efetuou esta quinta-feira buscas às instalações do Sporting no âmbito de uma investigação de crime de denúncia caluniosa qualificada, informou hoje o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

"Houve hoje buscas às instalações da SAD do Sporting e às instalações do Sporting Clube de Portugal, no âmbito de uma investigação de crime de denúncia caluniosa qualificada", de acordo com uma informação prestada pela 9.ª secção do DIAP de Lisboa.

De acordo com a mesma fonte, "foram constituídos dois arguidos, um dos quais é vice-presidente do Sporting", ou seja, Paulo Pereira Cristóvão, sendo que o outro será um funcionário da sua empresa. Os inspetores da PJ suspeitam que Paulo Pereira Cristóvão terá concebido uma "armadilha" ao árbitro assistente.

O crime de denúncia caluniosa qualificada está previsto no artigo 365.º Código Penal e é punido com prisão até três anos ou pena de multa.

A investigação começou por ser a um possível caso de corrupção do auxiliar José Cardinal, noticiado na quarta-feira pelo DN em primeira mão, depois de o árbitro ter recebido na sua conta bancária 2000 euros em notas a poucos dias do encontro entre Sporting e Marítimo, dos quartos de final da Taça de Portugal.

DN, 12/04/2012

Entretanto, e também segundo o DN, Paulo Pereira Cristóvão pediu a suspensão do mandato, na sequência do “caso José Cardinal”, justificando a sua decisão com os “superiores interesses” do Sporting.

Estou pasmado. Como é que se pode sequer aventar a hipótese do Sporting, um "clube diferente", ter preparado uma armadilha a um árbitro? Isso é impensável!

3 comentários:

Capo di tutti capi disse...

mentalitaultra.blogspot.com ..está lá tudo "explicado"... :) Surreal...e como o titulo diz..."As virgens que afinal são quengas..."

Alexandre Burmester disse...

Provavelmente ter-se-á acabado a choradeira do Eduardo Barroso. Já não é mau!

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Por uma questão de princípio, não vou julgar ninguém em praça pública (não faço aos outros o que não gostaria que me fizessem a mim).

Vou esperar serenamente que a justiça cumpra a sua missão e no final, se for caso disso, reagirei em consonância.

O que se passou com o Apito Dourado devia ter servido para alguma coisa. Eu recordo, as deliberações dos tribunais arrasaram as condenações em praça pública.

Um abraço